Bom dia pessoinhas do mundão! Só queria agradecer por quem está me acompanhando e fazendo disso um sonho.
Hoje vim escrever sobre a primeira vez que realmente pude ver e sentir a neve.
Nós, brasileiros, desde criança, sempre assistimos aqueles filmes onde no natal é época de neve, e que todos saem, fazem bonecos de neve, deitam e rolam naquela neve limpinha e branquinha, e fazem a famosa guerra de neve. Mas sabemos que a possibilidade de cair neve aqui no Brasil é quase nula.
Eu sempre quis ver neve, aliás, acho que a grande maioria também compartilha desse mesmo sentimento. Para quem ainda nunca viu, calma, porque a sua vez ainda vai chegar e se prepare, porque a coisa é mágica mesmo.
Não sei vocês, mas eu sou apaixonada pela natureza e pela sua beleza indescritível. Tudo que ela nos oferece, em grande parte, é magnífico e muito especial. A neve é uma coisa que não tenho palavras para descrever, só realmente vendo para sentir e saber o quão lindo e louco é ver gelinhos brancos caindo do céu.
Eu lembro que a “primeira” vez que vi neve estava no pico de uma montanha, na Noruega, e estava -10 graus. Na verdade, não tinha percebido que aquilo que estava vendo era neve. Eu e o tin estávamos em uma trilha de pedras para atravessar uma montanha, mas não tinha pedra nenhuma, porque a neve acabou cobrindo elas, então não conseguimos achar o caminho certo, nos perdendo várias vezes. Foi uma sensação muito diferente em toda minha vida, olhei ao redor e não via a montanha em lugar nenhum, só branco, e tudo aquilo era neve, mas estávamos espantados com a situação não aproveitando para contemplá-la. Foi diferente e bem assustador. Não estávamos em uma situação favorável.
Em dezembro de 2016, eu fui passar o ano novo na Alemanha, e aí sim, vi neve e pude aproveita-lá, pois não estava no pico de uma montanha tentando sobreviver hahahahaha. Eu já estava na Alemanha uns 3, 4 dias e nada havia caído do céu. Eu sempre acordava tendo esperança que algum dia iria cair aquele trem mágico do céu, e eu ia realizar um dos grandes sonhos que tinha. Eu lembro até hoje que o Tin correu pro quarto, me acordou ansioso e abriu a janela. No momento que ele abriu a janela eu já cai no choro hahahahaha. Socorrooooo, eu só lembro de me sentir realizada e feliz pelo resto do dia. Era NEVE! Mas neve mesmo, floquinhos de gelo que caiam do céu e tudo ao redor branco. As casas, as árvores, as ruas, tudo. Eu saí para a varanda e fiquei lá por um bom tempo namorando e contemplando a neve, e então decidimos sair pra poder pela primeira vez, brincar na neve.
Foi sensacional, realmente não tenho palavras para descrever. Tenho algumas fotos para compartilhar com vocês. A neve é linda demais, mas claro que depois de um tempo a mágica acaba porque ela acaba se tornando perigosa. As ruas ficam escorregadias, os carros precisam andar BEM devagar, andar de bike é um perigo, porque depois que para de nevar, a neve que está no chão começa a derreter e aí o que resta é só gelo, ficando escorregadio que é uma beleza só. Eu cai e escorreguei várias vezes de bike nas curvas, confesso que foi bem engraçado, mas valeu a pena. Só tenho a agradecer por essas experiências.
Tentando se equilibrar na neve fofinha.
Não deu pra conter a alegria e realização galera…
Eu e Lola pulando de alegria por causa da neve!
Aqui vai umas fotinhos da gente ❤
E você, já viu neve? Já compartilhou do mesmo sentimento? Me conta as diferentes experiências com a neve! Grande beijo 😀
Primeiramente um ótimo dia para todos nós, porque merecemos! Mais um dia batalhando por aí… Por um bom tempo fiquei sem escrever e sem postar nada, mas estou com muitos planos pela frente e muitos projetos que vão mudar minha vida!
Daqui alguns dias finalmente vou ver o Tin!!! Ansiedade a mil. Estamos com planos e queremos compartilhar com todos vocês, então fiquem de olho no nosso Facebook, no nosso Instagram e no blog!
Ansiosa para todos vocês compartilharem com nós um dos nossos sonhos se tornando realidade ❤️
Incrível como as coisas são e acontecem na nossa vida. Faltavam três dias para começar as aulas na faculdade e eu já estava bem desanimada, então resolvi viajar no final de semana para a praia com a minha irmã. A gente se divertiu bastante, nadamos muito no mar e aproveitamos bastante, já que as aulas iam começar.
O pôr-do-sol, jogando jogo da vida e tendo 7 filhos e dois maridos, e eu e minha irmã, belezas raras.
No último dia, um domingo, o Tin me ligou bem cedo, eu acho que era umas 7h da manhã. Eu acordei e atendi o telefone. A gente conversou bem pouco e ele me perguntou se as minhas aulas já tinham voltado. Eu falei que não, mas que segunda já iam voltar, e não entendi o porquê da pergunta. Ele estava de férias por uma semana, mas não pôde viajar porque a família inteira dele ficou doente. Então ele perguntou se podia vir pro Brasil e passar uma semana comigo, se tinha algum problema em relação as aulas, e se seria tudo bem para meus pais. Eu não entendi nada e achei que ele estava brincando, e já que eu tinha acabado de acordar achei que era algum tipo de sonho ou coisa da minha cabeça. Mas não, era real e eu surtei! Mas é claro que não tinha problema nenhum, e como falar não para uma coisa dessas para quem se vê tão pouco e espera tantos meses para se reencontrar?! Liguei para o meu pai correndo perguntando se ele podia vir e se tinha algum problema, e ele adorou a ideia. No mesmo momento liguei para o Tin e falei que não tinha problema e que ele podia sim vir para cá me ver.
Incrível! Que surpresa, que notícia mais maravilhosa. Foi um dos melhores dias da minha vida, porque não tínhamos planejado nada, e não estávamos esperando por isso. Não conseguia me conter, e contei para todo mundo, e é claro ninguém estava entendendo nada também. Voltei correndo da praia pra São Paulo e comecei a arrumar tudo, e já planejar coisas para a chegada do Tin. A noite chegou e foi difícil dormir, só faltavam apenas algumas horas para ele chegar no aeroporto de guarulhos.
A foto que o Tin tirou quando estava vindo para SP.
Finalmente consegui dormir, e depois de um tempo lá estava o despertador despertando as 4h30 da manhã, e ele só ia chegar as 7h. Acordei, escovei os dentes, e tava sorrindo toda hora e a cada minuto desacreditada que estava indo buscar o Tin. Comi e fui logo pro aeroporto. A ansiedade era tanta que não conseguia ficar parada. Cheguei muito rápido lá, e fiquei esperando 1h30. O tempo todo eu ficava olhando o relógio e vendo se dava logo 7h. Esperei, esperei e esperei. Não tava conseguindo me segurar. Se não me engano esperei uns 40 minutos no portão de desembarque por ele. Cada pessoa loira que passava eu já ficava sorrindo e pulando achando que era ele. Foi difícil esperar, mas de repende quem eu vejo todo perdido me procurando?! SIM, O TIN!
Assim que ele pousou tirou essa foto. A ansiedade para vê-lo era enorme.
Link do vídeo que eu fiz antes da chegada to Tin, e eu não aguentava mais esperar.
Corri para abraça-lo, e me senti a pessoa mais feliz do mundo. Abracei bem apertado de tanta saudade que eu estava. Foi muito, mais muito bom. Me senti em casa novamente. Toda hora ficava olhando pra ele, para ver se aquilo realmente estava acontecendo. Ao invés de esperar 5 meses, foi somente 1 mês! Não caía a ficha que ele realmente estava comigo. Saímos do aeroporto e fomos direto para casa. Lá estava eu e ele mais uma vez juntos. Depois de chegar em casa e passar um tempo lá, pegamos as bikes e fomos dar uma volta pela cidade. Decidimos ir para a Avenida Paulista e por lá ficamos. Comemos bastante e consegui mostrar a cidade de novo para ele. O tin ama o Top Sundae de caramelo do McDonalds e ama o sorvete da Baccio que é muito bom, aliás, os dois são meus favoritos.
Eu sempre acabo esquecendo de tirar fotos quando estamos juntos, mas essas foram tirados no primeiro dia que ele estava aqui. Nesse dia choveu, e o Tin ama chuva, aí ficamos assistindo pela janela, foi bem massa!
Depois desse passeio estávamos cansados e decidimos ir para casa descansar um pouco. Estava muito quente, então demos um pulo na piscina. A noite chegou e capotamos, porque no dia seguinte já tinha que acordar cedo e ir para a faculdade. É tão bom estar com as pessoas que a gente gosta, e um simples abraço já faz o dia bem melhor. São essas coisas simples que fazem a vida valer a pena, e mesmo nos momentos tristes e difíceis precisamos pensar que tudo vai passar, e logo logo você estará melhor. E com toda certeza você tem pessoas que estarão ao seu lado sempre. Amigos, família, e amores.
No dia seguinte acordamos e fomos direto para a faculdade. O tin andou de metrô e conheceu o a faculdade e as pessoas com quem estudo. Foi bem rápido, até porque a gente tinha que viajar. Fomos para a rodoviária e pegamos um ônibus para Boiçucanga, mas descemos antes em Juquehy. Queria levar ele para a praia para aproveitar esse calor que estava fazendo em São Paulo, e porque na Alemanha estava muito frio mesmo.
Fotos que tiramos enquanto estávamos na praia.
Ficamos três dias em Juquehy aproveitando cada momento um com o outro. Nós vimos o pôr-do-sol, que aliás de tudo é muito lindo, passeamos de bike pela cidadezinha, comemos besteiras até demais, o tin ficou parecendo um pimentão mesmo passando protetor solar toda hora, e o melhor de tudo é que não choveu. Deu uma nublada no céu, mas no final de tudo deu tudo certo! Juquehy é uma delícia, porque não têm tanta gente e dá pra evitar aquela muvuca. Fica umas 2h30 de SP, e vale muito a pena dar uma passada por lá.
Esse dia foi um dos únicos que deu para ver o pôr-do-sol sem que as nuvens cobrissem.
O tin foi atrás dessa criança para tirar essa foto, e ficou sensacional.
Estava planejando de irmos em algumas trilhas e cachoeiras em algum lugar, e acabei descobrindo em Juquehy que o Tin nunca tinha nadado em uma cachoeira antes. Eu fiquei desacreditada, sério. Como assim ele nunca tinha nadado em uma cachoeira?! Não deu outra, procurei alguma perto de Juqhey e encontrei três cachoeiras muito legais em Boiçucanga, que é 20 minutos de Juquehy. Fomos no último dia para lá antes de voltar para SP. Chegamos na trilha, que fica perto da estação da Sabesp, estacionamos o carro e segimos pela trilha. Lá do lado tem o estacionamento do Cícero, e você paga 20 reais e pode ficar quanto tempo quiser. Fomos super bem atendidos, e o moço nos explicou tudo direitinho. As trilhas são bem fáceis, e até dá pra fazer de chinelo.
Meu pai foi de chinelo, e eu e o Tin fomos descalços, e deu super certo! Melhor do que fcar tirando toda hora o tênis.
A trilha tinha uma bifurcação para as três cachoeiras. Uma era para a Samabaiaçu, e a outra era para as cachoeiras Hidromassagem e Pedra Lisa. Primeiro fomos na Hidromassagem e Pedra Lisa por serem mais perto e uma do lado da outra. No começo da trilha você precisa atravessar dois rios, mas é bem fácil. Tiramos o sapato e fomos descalços mesmo. Andamos uns 15 minutos e já chegamos na Cachoeira Hidromassagem. Estava muito feliz por ser a primeira vez que o Tin ia nadar em uma cachoeira, e eu iria presenciar isso. Tem um vídeo bem legal que eu vou colocar aqui no post. Contamos até três e mergulhamos. A água geralmente é congelante, mas dessa vez estava uma delícia. Nadamos até. Eu, meu pai, a melissa e o Tin. O legal dela é que você pode ir na queda que é bem tranquila, e faz uma massagem deliciosa nas costas e no corpo. Foi muito bom. E o tin ficou muito feliz, ele não acreditava como aquela coisa simples era tão linda e gostosa. Ele gritava toda hora “AMAZING”, que quer dizer incrível, sensacional ou maravilhoso. Rimos muito com ele.
Cachoeira Hidromassagem, super refrescante!
Depois disso, seguimos para a cachoeira mais bonita, na minha opinião, a pedra lisa. Andamos uns 10 minutos, ou até menos, passamos por algumas pedras e lá estava ela. Era de arrepiar de tão bonita.. O tin não acreditava no que ele estava vendo. Ele pirou, e ficou gritando todo hora “como assim?” “Isso é real?” “AMAZING”. Realmente, a cachoeira era linda demais, e só com os próprios olhos pra ver a beleza que ela tem. Ainda a luz do sol estava perfeita, batia nas árvores e na cachoeira. Foi mágico e sensacional. Parecia que estávamos em um filme, em um conto de fadas, sei lá, e era a mais linda de todas as três. Elá é funda, e tem umas pedras que se não tomar cuidado machucam, mas dá pra nadar de boa lá. Não dá para ir na queda por ser meio perigoso e muito forte, mas vale muito à pena. Não tinha ninguém lá, só depois quando estávamos indo embora que apareceu umas pessoas.
Fotos na cachoeira da Pedra Lisa.
Voltamos para a trilha, e seguimos para a última cachoeira, a Samabaiaçu. Essa trilha é um pouco mais demorada e tem que usar bastante as pernas, porque ela só tem subida, e acho melhor ir de tênis mesmo. Demorou uns 15 minutos para chegar lá. Dá pra fazer de 15 à 40 minutos a trilha, só depende de você e do seu passo. Não adianta correr, porque ela é bem estreita. Vá no seu tempo para nada de ruim acontecer. Olhe ao redor, observe as plantas, os animais, respire o ar em volta, é muito bom de sentir a natureza purificando o seu corpo e eliminando todo o estresse de você. Ela é perfeita e única, agradeça pela oportunidade de estar ali desfrutando-a. A cachoeira também era linda, dava pra ver um tipo de abismo entre as pedras para a outra cachoeira, e a água passando e desaguando em outra queda, que parecia ser a Pedra Lisa. Foi fantástico. A luz estava perfeita, atravessando a mata, as pedras e a cachoeira. Ela tem uma segunda queda, mas por conta do horário não conseguimos ir, já estava tarde e achamos melhor não arriscar.
Na última cachoeira, a Samabaiaçu. A volta foi muito rápida, acho que foi uns 10 minutos. Atravessamos o rio de novo, e chegamos no estacionamento. O ótimo da trilha é que tem várias placas, e é bem sinalizado. Não queríamos ter ido embora, mas dá próxima vez já combinamos que iremos chegar mais cedo e aproveitar até o último minuto. De recompensa tomamos uma água de coco que estava muito boa e gelada, e tomamos sorvete lá no estacionamento mesmo. Pegamos a estrada e voltamos para SP.
O link do vídeo da nossa aventura pelas cachoeiras.
No dia seguinte tivemos um almoço na casa da minha avó, que aliás cozinha muuuuito bem, e eu queria muito que o Tin experimentasse a comida dela, e ele adorou! Finalmente gostou de alguma coisa daqui. Já tentei fazer com que ele experimentasse várias comidas, e muitas delas ele não gostou. Comemos muito, e até jogamos jogo da vida. Foi bem legal e deu pra distrair bastante, já que era o dia da despedida dele. Após o almoço, fomos para o aeroporto novamente. Não gosto de despedidas, é triste, pesado, e não é legal. Os dias que ficamos juntos passaram voando, mas eu sei que aproveitamos ao máximo, e foi uma das melhores surpresas que já tive.
Fotos do último dia juntos, deu pra se distrair bastante como eu disse.
Depois de abraça-lo até dizer chega, ele se foi. Passou o portão de embarque, e partiu novamente para a Alemanha, bem longe de mim. Foi triste, senti uma dor no coração, mas sabia que logo logo iríamos nos ver de novo. A dor é grande, mas sempre tentamos pensar que iremos nos ver logo e que tudo vai dar certo. Fico triste por deixá-lo partir, mas feliz por ter aproveitado cada segundo, e não deixar que essa distância nos afete. A gente briga, chora, discute, mas depois de um tempo tudo passa, e o amor volta. É assim, e não tem o que fazer. Nem tudo são flores, sempre pense assim. Foi bom demais, e já estou esperando ansiosamente para o nosso reencontro. Espero que tenham gostado, porque valeu a pena ter tirado essa semana e poder aproveitar com o Tin.
Quando criei o blog meu foco maior era falar sobre viagens, mas muitas pessoas queriam saber sobre o meu relacionamento, que é à distância. Namoro o Tin, um alemão, há dois anos e meio, e namorar a distância não é fácil, mas quando você ama muito alguém e não desiste, ela é somente um obstáculo.
Essa sou eu e o Tin, e sim , nós somos normais, mesmo não parecendo.
“Mas como vocês se conheceram?” A gente se conheceu no intercâmbio que eu fiz para a Florida, onde fiquei 10 meses estudando em uma High School, que é o ensino médio daqui. Eu tinha 16 anos quando fui pra lá, e nunca tinha namorado ninguém. A primeira vez que a gente conversou foi no primeiro dia de aula, e ele só tinha uma classe comigo, que era esportes. Eu não conhecia ninguém ainda, e então ele veio conversar comigo (ps: eu não entendia nada em inglês), mas achei isso super legal. Ele se apresentou e depois perguntou meu nome e começamos a “conversar”. Eu não entendia nada e nem ele, então a gente ria, e morria de rir.Todo dia era a mesma coisa, a gente tentava conversar e se conhecer melhor. Eu sempre fui envergonhada com essas coisas, mas ele não ligava. E foi aí que tudo começou, e depois de um mês a gente começou a namorar. Sim, eu, Ariane, estava namorando com alguém. Então se você é daquelas pessoas que acham que nunca vão conhecer alguém, esquece, porque a hora certa vai chegar, e a pessoa também, você só precisa ter calma.
Namorar no intercâmbio me fez crescer e muito. Além de aprender mais rápido inglês, já que a gente se falava todo dia e quase toda hora, eu tinha uma pessoa do meu lado que me apoiava e ajudava nos momentos mais difíceis.
Em Palm Bay, comemorando algum mês de namoro que não me lembro hahahaha
“Porque decidiram ficar juntos depois do Intercâmbio?” Depois que o nosso intercâmbio acabou, a gente viajou juntos para Bahamas. Foi a primeira vez que passamos dias e noites juntos. Foi tudo lindo, e não tinha como ser melhor. Aproveitamos cada momento como se não houvesse o amanhã. A viagem acabou e na última noite estávamos na praia conversando sobre o que iria acontecer com o nosso relacionamento. No final de tudo não sabíamos o que fazer e não decidimos nada. Eu fiquei mais uns dois dias nos EUA, mas ele teve que voltar para a Alemanha. Foi péssimo a despedida, eu odeio essa parte mais que tudo nesse mundo. A gente se acabou de chorar, e abraçava e beijava, e chorava mais, e por aí vai. Um dos problemas é que não sabíamos qual seria a próxima vez que iríamos nos ver de novo. Até hoje me lembro como foi difícil vê-lo ir embora e não poder fazer nada.
Depois de alguns dias conversando, a gente decidiu ficar junto, porque não queríamos separar de jeito nenhum. Esperar meses para ver a pessoa que você ama é muito difícil, e dói muito, mas vale muito a pena.
A gente tenta tirar foto bonita, mas não dá, o Tin sempre faz piada.
O último “abraço” antes de ele voltar para a Alemanha. Ficamos 5 meses sem se ver.
“Como é namorar à distância?”
Namorar à distância é como um relacionamento normal, só que à distância. A gente conversa todos os dias pelo whatsapp, facetime, facebook, skype, e por aí vai. Uso e abuso da internet sim, e é o ó quando a internet está péssima, por isso, tenha uma boa internet em casa, porque o relacionamento não acontece sem ela. Tudo bem, você pode até mandar e conversar por cartas, mas não é a mesma coisa. Muitas pessoas acham isso perda de tempo, e acham que não vale a pena namorar alguém do outro lado do mundo. Eu acho totalmente o contrário, tudo bem que você não vê o seu namorado/a durante meses, mas quando você vê é a melhor sensação do mundo, você abraça e não quer mais largar, e sempre é diferente, e você se sente feliz, e em casa novamente. E depois você vê o porque vale a pena esperar todos esses meses. Você tem que ter paciência, e confiar muito na pessoa. Não adianta querer namorar alguém de outro país ou cidade e não confiar nela com todo o seu coração. Se você não confia, deixa quieto e parte para outra, porque você só vai se irritar e começar a pirar. Muitas vezes eu já pensei em desistir, mas ele sempre me coloca pra cima e me faz ver o porquê de insistir nesse relacionamento. Então tenho certeza de que é isso que você quer.
É muito difícil ir em festas, churrascos, ao cinema, em eventos, e não ter a pessoa que você ama do seu lado, por isso PLANEJE. Em algumas ocasiões especiais que dá para ir ver o seu namorado/a vá, como passar o natal juntos, ou o ano novo juntos, não deixe de ir. Tem que estar sempre planejando a próxima vez que irão se ver. Outro ponto importante é a família. Tenha uma família que entenda isso, que vocês tem muita saudades um do outro e que vocês estão nessa relação porque vocês querem e estão dispostos a sofrer e sentir muita saudades. Se sua família não entender, insista, até que eles aceitem.
“E o ciúmes? Como fica?” Namorar alguém que more longe vai fazer você se conhecer melhor. Se você não é ciumento, vai começar a ficar. Se é um pouco, vai piorar um pouco mais. E se você é muito, vai ter que se controlar, porque o ciúmes só tem tendência a aumentar e pode acabar com tudo. O que eu faço é não pensar muito sobre isso, e me distrair com outras coisas. Um ciúmes bobo às vezes não tem problema, mas para o namoro não virar um inferno, tente se controlar. E nunca faça ciúmes na outra pessoa de propósito, se não tem jeito, tenta ser natural, porque você só está piorando uma situação que já é complicada.
Eu, por exemplo, escrevo, ou faço qualquer coisa pra não pensar muito.
“Insegurança” Eu já tive muita insegurança no meu namoro. Isso é normal, todo mundo tem, e não tem como evitar. Você sempre vai achar que a pessoa pode conhecer alguém que esteja mais perto dela do que você, mas não pode ficar paranoico sobre esse assunto. É claro que isso pode acontecer, da mesma forma que isso poderia acontecer se vocês morassem um do lado do outro, por isso respira fundo e relaxa. Se você ama a pessoa, e quer ficar do lado dela, tenta mantê-la segura, o máximo possível e dê atenção. Se há algo de errado, vocês precisam conversar sobre isso, e não adianta ficar escondendo porque vai ser pior. Tente não pensar e criar coisas na sua cabeça. Isso só vai piorar. Seja maduro o suficiente para respeitar a pessoa,e nunca faça algo que você não gostaria que fizessem com você. Se você quer trair a pessoa, TERMINE. Não adianta ficar enganando alguém que tem uma puta consideração por você e ta ali disposto pra ti. Você não gostaria que fosse com você. E sim, muitas pessoas vão ficar falando “Mas você acha que ele não te trai?!”,“Que idiotice” ,”Ta beijando várias”, “É só um beijo, ninguém vai saber”, e blá blá blá. Sabe o que você faz quando te falarem isso? Manda catar coquinho, ou então deixa quieto. Você conhece a pessoa com quem está, e sabe se confia nessa pessoa ou não. Não precisa que os outros dêem opiniões sobre o seu relacionamento.
“Planejar é necessário”
Para que o meu relacionamento dê certo, eu preciso planejar. Todos nós precisamos planejar, e é aí que as coisas ficam um pouco difíceis. Como a gente mora em países diferentes um do outro, o único jeito de ir se ver é de avião. Não tem outro jeito. É caro, mas como já estou nessa faz um tempo, aprendi a me virar e achar coisas para facilitar e economizar. Você começa a saber quais são os melhores dias da semana para viajar, a cotação de moedas estrangeiras, as promoções de passagens aéreas, começa a procurar trabalho, fazer bicos (já fiz vários), você começa a ficar mais independente, e começa ter uma noção de como é a vida, mesmo sendo nova.
No meio do ano de 2016 fizemos um mochilão pela Europa, e tivemos que planejar meses antes.
Conclusão
Para que um relacionamento a distância funcione, na minha opinião, você tem que amar muito e estar disposto a sofrer para depois ser recompensado da melhor maneira possível. Você tem que gostar da pessoa, insistir, ter paciência, ser firme, dar apoio total, e sempre lembrar a pessoa o porquê de estarem fazendo isso e o porquê de estarem juntos nessa. Você precisa amar como se não houvesse o amanhã, e precisa acreditar nessa relação. Se você começa a desistir, a outra pessoa começa a desistir também, então seja forte, e mostre que é isso que você quer e que vai lutar até o fim. Insista e persista, porque o que é seu, ninguém tira, e como muitas pessoas dizem, se for pra ser, será.