Liberdade, seja bem vinda!

Infelizmente não estive escrevendo. Muita coisa aconteceu e eu acabei não postando mais. Por trás disso, há muita história para contar. Hoje vou falar um pouco sobre minha experiência na estrada. Sim, hoje faz 6 meses e alguns dias que estou por aí, peregrinando por países, cidades e culturas. Aprendi e melhorei em muitos aspectos.

Agradecendo o Atacama por seus lugares impressionantes
Respirando o ar que rodeia o parque nacional Huascarán, em Peru

Talvez, não sei bem, aprendi um pouco sobre liberdade e comecei a senti-la mais de perto. Cheguei a desacreditar como é bom se sentir livre, leve e solta.

Durante nossa jornada pelas estradas, não temos muitos planos. Não temos um roteiro em si e nossa preocupação maior é onde vamos dormir. A liberdade de ir seguindo e parar quando der e vier, é algo que não consigo explicar, só vivendo mesmo para sentir essa sensação.

Dirigindo por horas em uma estrada deserta

São muitos quilômetros sem nada para ver, mas depois de dirigir tanto, sempre somos compensados por algum lugar fascinante.

Não sei se todos sabem, mas no começo nosso plano, meu e do Tin, era viver e rodar a Nova Zelândia e por alguns motivos, irei contar em outro post, não deu certo. E por isso decidimos deixar tudo pra trás e viajar pela América do Sul.

Às vezes acontecem coisas que estão além da nossa compreensão, mas na verdade, o que precisamos fazer é aceita-las e agradecer do mesmo jeito, sendo ruim ou bom.

Precisei fazer muitas escolhas que me magoaram, chatearam e incomodaram, mas tive que aprender que é normal e que sair da zona de conforto abre portas para muitas coisas.

After a long time, finally together in South America

Não sei se compreendo um pouco mais ou menos, mas sei que este turbilhão de sentimentos que venho sentido, talvez faça parte dessa profunda palavra: liberdade.

Primeira vez na neve! 

Bom dia pessoinhas do mundão! Só queria agradecer por quem está me acompanhando e fazendo disso um sonho.

Hoje vim escrever sobre a primeira vez que realmente pude ver e sentir a neve.

Nós, brasileiros, desde criança, sempre assistimos aqueles filmes onde no natal é época de neve, e que todos saem, fazem bonecos de neve, deitam e rolam naquela neve limpinha e branquinha, e fazem a famosa guerra de neve.  Mas sabemos que a possibilidade de cair neve aqui no Brasil é quase nula.

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Eu sempre quis ver neve, aliás, acho que a grande maioria também compartilha desse mesmo sentimento. Para quem ainda nunca viu, calma, porque a sua vez ainda vai chegar e se prepare, porque a coisa é mágica mesmo.
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Não sei vocês, mas eu sou apaixonada pela natureza e pela sua beleza indescritível. Tudo que ela nos oferece, em grande parte, é magnífico e muito especial. A neve é uma coisa que não tenho palavras para descrever, só realmente vendo para sentir e saber o quão lindo e louco é ver gelinhos brancos caindo do céu.

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Eu lembro que a “primeira” vez que vi neve estava no pico de uma montanha, na Noruega, e estava -10 graus. Na verdade, não tinha percebido que aquilo que estava vendo era neve. Eu e o tin estávamos em uma trilha de pedras para atravessar uma montanha, mas não tinha pedra nenhuma, porque a neve acabou cobrindo elas, então não conseguimos achar o caminho certo, nos perdendo várias vezes. Foi uma sensação muito diferente em toda minha vida, olhei ao redor e não via a montanha em lugar nenhum, só branco, e tudo aquilo era neve, mas estávamos espantados com a situação não aproveitando para contemplá-la. Foi diferente e bem assustador. Não estávamos em uma situação favorável.

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Em dezembro de 2016, eu fui passar o ano novo na Alemanha, e aí sim, vi neve e pude aproveita-lá, pois não estava no pico de uma montanha tentando sobreviver hahahahaha. Eu já estava na Alemanha uns 3, 4 dias e nada havia caído do céu. Eu sempre acordava tendo esperança que algum dia iria cair aquele trem mágico do céu, e eu ia realizar um dos grandes sonhos que tinha. Eu lembro até hoje que o Tin correu pro quarto, me acordou ansioso e abriu a janela. No momento que ele abriu a janela eu já cai no choro hahahahaha. Socorrooooo, eu só lembro de me sentir realizada e feliz pelo resto do dia. Era NEVE! Mas neve mesmo, floquinhos de gelo que caiam do céu e tudo ao redor branco. As casas, as árvores, as ruas, tudo. Eu saí para a varanda e fiquei lá por um bom tempo namorando e contemplando a neve, e então decidimos sair pra poder pela primeira vez, brincar na neve.

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Foi sensacional, realmente não tenho palavras para descrever. Tenho algumas fotos para compartilhar com vocês. A neve é linda demais, mas claro que depois de um tempo a mágica acaba porque ela acaba se tornando perigosa. As ruas ficam escorregadias, os carros precisam andar BEM devagar, andar de bike é um perigo, porque depois que para de nevar, a neve que está no chão começa a derreter e aí o que resta é só gelo, ficando escorregadio que é uma beleza só. Eu cai e escorreguei várias vezes de bike nas curvas, confesso que foi bem engraçado, mas valeu a pena. Só tenho a agradecer por essas experiências.
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Tentando se equilibrar na neve fofinha.
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Não deu pra conter a alegria e realização galera…
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Eu e Lola pulando de alegria por causa da neve!

Aqui vai umas fotinhos da gente ❤

E você, já viu neve? Já compartilhou do mesmo sentimento? Me conta as diferentes experiências com a neve! Grande beijo 😀

SURPRESAS

Primeiramente um ótimo dia para todos nós, porque merecemos! Mais um dia batalhando por aí… Por um bom tempo fiquei sem escrever e sem postar nada, mas estou com muitos planos pela frente e muitos projetos que vão mudar minha vida! 

Daqui alguns dias finalmente vou ver o Tin!!! Ansiedade a mil. Estamos com planos e queremos compartilhar com todos vocês, então fiquem de olho no nosso Facebook, no nosso Instagram e no blog! 

Ansiosa para todos vocês compartilharem com nós um dos nossos sonhos se tornando realidade ❤️

GLITTER POLUI O MEIO AMBIENTE

Galeraaaaaa! Voltei com uma importante dica para quem AMA glitter assim como eu! Eu sei que glitter é tudo, e que dá um up na vida de todo mundo, mas recentemente descobri que sim, ele POLUÍ o meio ambiente e mata milhares de animais marinhos. Glitter e purpurina são microplásticos, e eles NÃO se decompõe. Eles são feitos de copolímeros de plástico e folículos de alumínio, e depois que você toma banho, as partículas coladas em seu corpo escorrem pelo ralo e se juntam à 8 milhões de toneladas de plástico que são lançadas nos oceanos todos os anos matando milhares de animais!

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Se você, assim como eu, não quer abrir mão do glitter, eu tenho uma dica ótima e que não é tão prejudicial.

Você pode comprar glitter comestível, eles são iguais ao glitter e a purpurina, mas eles não irão fazer mal a nenhum ser vivo, pois não são feitos de plástico. Eles são vendidos em lojas de doces, confeitarias, etc.

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OUTRA! Dá pra fazer seu PRÓPRIO glitter em casa!

Você vai precisar de sal e corante para alimentos. Coloque o sal num potinho e pingue algumas gotinhas do corante na cor que escolheu. Não tem fórmula certa: o ideal é ajustar a quantidade do corante de acordo com o tom que você quer, e quanto mais gotinhas adicionar, mais escuro ele ficará. Para chegar a uma tonalidade perfeita, adicione o corante aos poucos.

O próximo passo é misturar bem os ingredientes e deixar secar o seu glitter natural por, pelo menos, duas a três horas. Outra técnica é assar o sal em uma assadeira forrada com papel manteiga por um tempo de 10 a 15 minutos. Se fizer isso, deixe o glitter esfriar antes de usá-lo no corpo e sair brilhando pelas ruas!

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Outra dica é  que não muda quase nada retirar-los com algodão e jogar no lixo, pois eles continuam sendo plástico, e demoram anos para se decompor. Então se você é uma pessoa que se preocupa com a natureza, os animais, e até nós mesmos, pare de usar, e tenha uma consciência limpa! Saiba que você esta ajudando a natureza, os animais, e nós mesmos. Não sabemos como será daqui alguns anos, então vamos fazer o máximo possível para melhorar esse lugar maravilhoso em que vivemos e cuidar da natureza que tanto nos acolhe.

Por um mundo onde a natureza e o meio ambiente são as nossas PRIORIDADES!

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Como e porque desapegar de coisas?

Desapegar? Mas como? Por que? O que eu ganho com isso? São tantas perguntas quando o assunto é desapegar… Desapegar de coisas, pessoas, passado, lembranças que não te fazem bem, fará de você uma pessoa melhor, mais segura e equilibrada emocionalmente.

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Eu sou, ou era, uma pessoa muito apegada à coisas. Desde criança eu não desgrudava dos meus brinquedos, bonecas, das barbies, dos carrinhos, e dos meus bichinhos de pelúcia. Além de ser apegada, eu era egoísta, e não deixava meus amigos brincarem com alguns brinquedos. Ao longo dos anos meu pai foi tentando de tudo para que eu aprendesse que o egoísmo não te leva à nada, e hoje em dia eu aprendi que realmente não te leva à lugar nenhum. A minha vida mudou quando eu li um livro chamado “A Mágica da Arrumação” de Marie Kondo. Eu acho que a maioria de vocês conhece esse livro, até porque ele foi uma febre durante um tempo. Eu sou virginiana, e amooooo organização desde quando eu era criança até os dias de hoje. Gosto de tudo que está relacionado à isso. Ler esse livro me fez entender o porquê de desapegar das coisas, e se tornar uma pessoa mais leve, mais feliz, e cercada por coisas que você ama. A sua vida pode mudar apenas desapegando, e é isso que Marie Kondo fala e escreve no seu livro.

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Quando eu desapeguei não acreditei o quanto de coisa eu tinha e não usava, lembrava ou sequer sabia. Fiquei chocada como aquele dia mudou a minha vida. Eu percebi que não adianta a gente ficar guardando coisas que não nos trazem felicidade, e que não mudam nada em nossa vida. Eu posso dizer que mudei o meu ponto de vista a partir daquele dia. Sempre gostei de guardar as coisas, mas pela primeira vez entendi o significado de desapegar. A alegria de achar coisas que não lembrava e que me trouxeram lembranças incríveis foi sensacional.

Eu sei que a palavra desapegar pode causar incômodo, e até incerteza, mas acho que todos nós temos a capacidade de deixar algumas coisas de lado para o nosso bem. Se você acha que não consegue, ou não quer porque tudo o que está à sua volta te traz alegria, você deveria repensar. Você pode ajudar milhares de pessoas por aí, doando, vendendo ou qualquer que seja sua ideia. O mais importante é você tentar. Você precisa pensar que metade das suas coisas você não usa e nunca vai usar, e provavelmente não te servem mais, ou não fazem mais sentido na sua vida. Há tantas pessoas precisando, e nós insistimos em guardar, por isso, desapegue o mais rápido possível.

Parece difícil, mas não é. Aqui são alguns pontos importantes e lições que o livro me ensinou:

 

  1. Descartar
    Primeira coisa a se fazer é descartar de tudo e todas as coisas que você não quer mais, que não mudam sua vida, e que você não precisa mais. Somente descarte, e não pense o que irá fazer, ou onde irá colocar as coisas, elimine tudo que não precisa mais.
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  2. “Isso me traz felicidade?”
    Segundo passo, e o mais importante de todos, é olhar as coisas, e se perguntar se aquilo te traz ou não felicidade. Observe, pense, reflita se realmente vale a pena ficar guardando ou se é melhor descartar. Pra mim foi bem difícil, porque eu sou beeeeem indecisa, então ficava horas perguntando se me trazia felicidade ou não, mas no final de tudo deu certo. Não tenha medo, mesmo se você guardou sua vida inteira, mas não ama ou não te serve mais, descarta!
  3. Arrume por categorias, e não por cômodos
    Sim, você deve ter várias coisas da mesma categoria guardada em diferentes lugares, como por exemplo livros. Se você for arrumar por lugares como banheiro, gavetas, etc, não vai dar certo. Você precisa escolher livros, ou só roupas, só sapatos, e por aí vai…  A dica da Mari é começar com a roupa, livros, papéis e objetos variados, e terminar com os de valor sentimental, porque você já vai estar mais preparada pra lidar com coisas mais difíceis.

  4. Fazer tudo de uma vez
    Tem que ser assim, tem que ser rápido, não pode demorar meses, senão você tenta tenta e tenta, mas nunca consegue finalizar.
  5. Faça SOZINHO
    Acho que uma das mais importantes que ela me ensinou. Quando alguém está ajudando ou arrumando com você, a liberdade que você tem é pequena. Você acaba guardando coisas que você sabe que não quer mais, mas as pessoas que estão te ajudando falam o que você deve ou não fazer. Tudo isso é um exercício, e você é o único que sabe o que é ou não essencial pra você, você sabe o que te traz lembranças e memórias, e o que te faz bem e traz alegria.

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Acho que essas foram lições básicas que fizeram toda a diferença comigo.

 

“Mas… e se eu me arrepender?” 
A única coisa que me arrependi foi não ter desapegado antes. Você precisa tentar e ver como seu corpo e mente funcionam em questão à esse assunto. Você sabe o que é melhor pra você, então a possibilidade de se arrepender são pequenas. Não precisamos de muito para sermos feliz, você só precisa do básico.

 

Há várias possibilidades para se livrar dos seus desapegos. Você pode doar, vender, dar para alguém, etc. Você pode doar quase tudo, e o resto dá pra fazer um dinheirinho extra. Há várias instituições que recolhem as doações em casa, como o Exército de Salvação. Há também ONGs, pessoas mesmo na rua, etc. Vá em brechós físicos, ou vende pela internet. Eu usei muito o Enjoei e os próprios grupos de brechó no Facebook.

Vamos desapegar galera!

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É assim que eu me sinto quando desapego das coisas que não me trazem mais alegria hahahaha leveza sem fim.

 

Uma semana com o Tin

Incrível como as coisas são e acontecem na nossa vida. Faltavam três dias para começar as aulas na faculdade e eu já estava bem desanimada, então resolvi viajar no final de semana para a praia com a minha irmã. A gente se divertiu bastante, nadamos muito no mar e aproveitamos bastante, já que as aulas iam começar.

O pôr-do-sol, jogando jogo da vida e tendo 7 filhos e dois maridos, e eu e minha irmã, belezas raras.

No último dia, um domingo, o Tin me ligou bem cedo, eu acho que era umas 7h da manhã. Eu acordei e atendi o telefone. A gente conversou bem pouco e ele me perguntou se as minhas aulas já tinham voltado. Eu falei que não, mas que segunda já iam voltar, e não entendi o porquê da pergunta. Ele estava de férias por uma semana, mas não pôde viajar porque a família inteira dele ficou doente. Então ele perguntou se podia vir pro Brasil e passar uma semana comigo, se tinha algum problema em relação as aulas, e  se seria tudo bem para meus pais. Eu não entendi nada e achei que ele estava brincando, e já que eu tinha acabado de acordar achei que era algum tipo de sonho ou coisa da minha cabeça. Mas não, era real e eu surtei! Mas é claro que não tinha problema nenhum, e como falar não para uma coisa dessas para quem se vê tão pouco e espera tantos meses para se reencontrar?! Liguei para o meu pai correndo perguntando se ele podia vir e se tinha algum problema, e ele adorou a ideia. No mesmo momento liguei para o Tin e falei que não tinha problema e que ele podia sim vir para cá me ver.

Incrível! Que surpresa, que notícia mais maravilhosa. Foi um dos melhores dias da minha vida, porque não tínhamos planejado nada, e não estávamos esperando por isso. Não conseguia me conter, e contei para todo mundo, e é claro ninguém estava entendendo nada também. Voltei correndo da praia pra São Paulo e comecei a arrumar tudo, e já planejar coisas para a chegada do Tin. A noite chegou e foi difícil dormir, só faltavam apenas algumas horas para ele chegar no aeroporto de guarulhos.

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A foto que o Tin tirou quando estava vindo para SP.

Finalmente consegui dormir, e depois de um tempo lá estava o despertador despertando as 4h30 da manhã, e ele só ia chegar as 7h. Acordei, escovei os dentes, e tava sorrindo toda hora e a cada minuto desacreditada que estava indo buscar o Tin. Comi e fui logo pro aeroporto. A ansiedade era tanta que não conseguia ficar parada. Cheguei muito rápido lá, e fiquei esperando 1h30. O tempo todo eu ficava olhando o relógio e vendo se dava logo 7h. Esperei, esperei e esperei. Não tava conseguindo me segurar. Se não me engano esperei uns 40 minutos no portão de desembarque por ele. Cada pessoa loira que passava eu já ficava sorrindo e pulando achando que era ele. Foi difícil esperar, mas de repende quem eu vejo todo perdido me procurando?! SIM, O TIN!
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Assim que ele pousou tirou essa foto. A ansiedade para vê-lo era enorme.

Link do vídeo que eu fiz antes da chegada to Tin, e eu não aguentava mais esperar.

Corri para abraça-lo, e me senti a pessoa mais feliz do mundo. Abracei bem apertado de tanta saudade que eu estava. Foi muito, mais muito bom. Me senti em casa novamente. Toda hora ficava olhando pra ele, para ver se aquilo realmente estava acontecendo. Ao invés de esperar 5 meses, foi somente 1 mês! Não caía a ficha que ele realmente estava comigo. Saímos do aeroporto e fomos direto para casa. Lá estava eu e ele mais uma vez juntos. Depois de chegar em casa e passar um tempo lá, pegamos as bikes e fomos dar uma volta pela cidade. Decidimos ir para a Avenida Paulista e por lá ficamos. Comemos bastante e consegui mostrar a cidade de novo para ele. O tin ama o Top Sundae de caramelo do McDonalds e ama o sorvete da Baccio que é muito bom, aliás, os dois são meus favoritos.

Eu sempre acabo esquecendo de tirar fotos quando estamos juntos, mas essas foram tirados no primeiro dia que ele estava aqui. Nesse dia choveu, e o Tin ama chuva, aí ficamos assistindo pela janela, foi bem massa!

Depois desse passeio estávamos cansados e decidimos ir para casa descansar um pouco. Estava muito quente, então demos um pulo na piscina. A noite chegou e capotamos, porque no dia seguinte já tinha que acordar cedo e ir para a faculdade. É tão bom estar com as pessoas que a gente gosta, e um simples abraço já faz o dia bem melhor. São essas coisas simples que fazem a vida valer a pena, e mesmo nos momentos tristes e difíceis precisamos pensar que tudo vai passar, e logo logo você estará melhor. E com toda certeza você tem pessoas que estarão ao seu lado sempre. Amigos, família, e amores.
No dia seguinte acordamos e fomos direto para a faculdade. O tin andou de metrô e conheceu o a faculdade e as pessoas com quem estudo. Foi bem rápido, até porque a gente tinha que viajar. Fomos para a rodoviária e pegamos um ônibus para Boiçucanga, mas descemos antes em Juquehy. Queria levar ele para a praia para aproveitar esse calor que estava fazendo em São Paulo, e porque na Alemanha estava muito frio mesmo.

Fotos que tiramos enquanto estávamos na praia.
Ficamos três dias em Juquehy aproveitando cada momento um com o outro. Nós vimos o pôr-do-sol, que aliás de tudo é muito lindo, passeamos de bike pela cidadezinha, comemos besteiras até demais, o tin ficou parecendo um pimentão mesmo passando protetor solar toda hora, e o melhor de tudo é que não choveu. Deu uma nublada no céu, mas no final de tudo deu tudo certo! Juquehy é uma delícia, porque não têm tanta gente e dá pra evitar aquela muvuca. Fica umas 2h30 de SP, e vale muito a pena dar uma passada por lá.

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Esse dia foi um dos únicos que deu para ver o pôr-do-sol sem que as nuvens cobrissem.

DSC04954.jpgO tin foi atrás dessa criança para tirar essa foto, e ficou sensacional.

Estava planejando de irmos em algumas trilhas e cachoeiras em algum lugar, e acabei descobrindo em Juquehy que o Tin nunca tinha nadado em uma cachoeira antes. Eu fiquei desacreditada, sério. Como assim ele nunca tinha nadado em uma cachoeira?! Não deu outra, procurei alguma perto de Juqhey e encontrei três cachoeiras muito legais em Boiçucanga, que é 20 minutos de Juquehy. Fomos no último dia para lá antes de voltar para SP.  Chegamos na trilha, que fica perto da estação da Sabesp, estacionamos o carro e segimos pela trilha. Lá do lado tem o estacionamento do Cícero, e você paga 20 reais e pode ficar quanto tempo quiser. Fomos super bem atendidos, e o moço nos explicou tudo direitinho. As trilhas são bem fáceis, e até dá pra fazer de chinelo.

DCIM119GOPROMeu pai foi de chinelo, e eu e o Tin fomos descalços, e deu super certo! Melhor do que fcar tirando toda hora o tênis.

A trilha tinha uma bifurcação para as três cachoeiras. Uma era para a Samabaiaçu, e a outra era para as cachoeiras Hidromassagem e Pedra Lisa. Primeiro fomos na Hidromassagem e Pedra Lisa por serem mais perto e uma do lado da outra. No começo da trilha você precisa atravessar dois rios, mas é bem fácil. Tiramos o sapato e fomos descalços mesmo. Andamos uns 15 minutos e já chegamos na Cachoeira Hidromassagem. Estava muito feliz por ser a primeira vez que o Tin ia nadar em uma cachoeira, e eu iria presenciar isso. Tem um vídeo bem legal que eu vou colocar aqui no post. Contamos até três e mergulhamos. A água geralmente é congelante, mas dessa vez estava uma delícia. Nadamos até. Eu, meu pai, a melissa e o Tin. O legal dela é que você pode ir na queda que é bem tranquila, e faz uma massagem deliciosa nas costas e no corpo. Foi muito bom. E o tin ficou muito feliz, ele não acreditava como aquela coisa simples era tão linda e gostosa. Ele gritava toda hora “AMAZING”, que quer dizer incrível, sensacional ou maravilhoso. Rimos muito com ele.

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Cachoeira Hidromassagem, super refrescante!

Depois disso, seguimos para a cachoeira mais bonita, na minha opinião, a pedra lisa. Andamos  uns 10 minutos, ou até menos, passamos por algumas pedras e lá estava ela. Era de arrepiar de tão bonita.. O tin não acreditava no que ele estava vendo. Ele pirou, e ficou gritando todo hora “como assim?” “Isso é real?” “AMAZING”. Realmente, a cachoeira era linda demais, e só com os próprios olhos pra ver a beleza que ela tem. Ainda a luz do sol estava perfeita, batia nas árvores e na cachoeira. Foi mágico e sensacional. Parecia que estávamos em um filme, em um conto de fadas, sei lá, e era a mais linda de todas as três. Elá é funda, e tem umas pedras que se não tomar cuidado machucam, mas dá pra nadar de boa lá. Não dá para ir na queda por ser meio perigoso e muito forte, mas vale muito à pena. Não tinha ninguém lá, só depois quando estávamos indo embora que apareceu umas pessoas.

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DCIM119GOPROFotos na cachoeira da Pedra Lisa.

Voltamos para a trilha, e seguimos para a última cachoeira, a Samabaiaçu. Essa trilha é um pouco mais demorada e tem que usar bastante as pernas, porque ela só tem subida, e acho melhor ir de tênis mesmo. Demorou uns 15 minutos para chegar lá. Dá pra fazer de 15 à 40 minutos a trilha, só depende de você e do seu passo. Não adianta correr, porque ela é bem estreita. Vá no seu tempo para nada de ruim acontecer. Olhe ao redor, observe as plantas, os animais, respire o ar em volta, é muito bom de sentir a natureza purificando o seu corpo e eliminando todo o estresse de você. Ela é perfeita e única, agradeça pela oportunidade de estar ali desfrutando-a. A cachoeira também era linda, dava pra ver um tipo de abismo entre as pedras para a outra cachoeira, e a água passando e desaguando em outra queda, que parecia ser a Pedra Lisa. Foi fantástico. A luz estava perfeita, atravessando a mata, as pedras e a cachoeira. Ela tem uma segunda queda, mas por conta do horário não conseguimos ir, já estava tarde e achamos melhor não arriscar.

Na última cachoeira, a Samabaiaçu. A volta foi muito rápida, acho que foi uns 10 minutos. Atravessamos o rio de novo, e chegamos no estacionamento. O ótimo da trilha é que tem várias placas, e é bem sinalizado. Não queríamos ter ido embora, mas dá próxima vez já combinamos que iremos chegar mais cedo e aproveitar até o último minuto. De recompensa tomamos uma água de coco que estava muito boa e gelada, e tomamos sorvete lá no estacionamento mesmo. Pegamos a estrada e voltamos para SP.


O link do vídeo da nossa aventura pelas cachoeiras.

No dia seguinte tivemos um almoço na casa da minha avó, que aliás cozinha muuuuito bem, e eu queria muito que o Tin experimentasse a comida dela, e ele adorou! Finalmente gostou de alguma coisa daqui. Já tentei fazer com que ele experimentasse várias comidas, e muitas delas ele não gostou. Comemos muito, e até jogamos jogo da vida. Foi bem legal e deu pra distrair bastante, já que era o dia da despedida dele. Após o almoço, fomos para o aeroporto novamente. Não gosto de despedidas, é triste, pesado, e não é legal. Os dias que ficamos juntos passaram voando, mas eu sei que aproveitamos ao máximo, e foi uma das melhores surpresas que já tive.

Fotos do último dia juntos, deu pra se distrair bastante como eu disse.

Depois de abraça-lo até dizer chega, ele se foi. Passou o portão de embarque, e partiu novamente para a Alemanha, bem longe de mim. Foi triste, senti uma dor no coração, mas sabia que logo logo iríamos nos ver de novo. A dor é grande, mas sempre tentamos pensar que iremos nos ver logo e que tudo vai dar certo. Fico triste por deixá-lo partir, mas feliz por ter aproveitado cada segundo, e não deixar que essa distância nos afete. A gente briga, chora, discute, mas depois de um tempo tudo passa, e o amor volta. É assim, e não tem o que fazer. Nem tudo são flores, sempre pense assim. Foi bom demais, e já estou esperando ansiosamente para o nosso reencontro. Espero que tenham gostado, porque valeu a pena ter tirado essa semana e poder aproveitar com o Tin.
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Como planejar um mochilão?

Pretende fazer um mochilão e não sabe por onde e como começar?! Respira e relxa, vou tentar ajudar contando um pouco sobre a minha experiência.

Em 2016 eu finalmente realizei um dos meus maiores sonhos: fazer um mochilão pela Europa. Não foi nada fácil, aliás, foram meses de planejamentos e muita economia de dinheiro, mas no final de tudo deu super certo e eu e o Tin nos divertimos muito.mochilao2.JPG

“Mas como esse sonho começou?”
Meu pai quando era mais novo fez um mochilão pela Europa, e ele sempre quis me levar para lá, mas não tivemos oportunidades. Ele foi me contando um pouco sobre essa viagem ao longo do tempo, e eu acabei me apaixonando e colocando na minha lista de sonhos que queria realizar, mas eu nunca pensei que esse sonho estava tão próximo e que com muita dedicação não foi difícil realizá-lo! E depois de conhecer a Alemanha, me apaixonei ainda mais pelo país e pela Europa em si.

DSC02650.JPGPrimeira vez que eu fui para Europa. Me apaixonei por tudo, e essa paixão só vai crescendo cada vez mais.

Se você gosta de conhecer lugares e de viajar com uma mochila nas costas, você está no lugar certo! Mesmo se você nunca pensou sobre isso, pense agora, porque é uma aventura que vai fazer você mudar sua visão sobre o mundo e sobre a vida. Nós não precisamos de nem metade do que a gente têm, e você só vai aprender isso quando finalmente se deixar levar.
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Eu me formei em 2015, e não fazia ideia do que fazer. Cursinho? Faculdade? Vestibulares? Vários amigos já sabiam o que fazer, e eu não fazia ideia. Alguns passaram nos vestibulares e outros não. Eu passei, mas o que eu prestei não tinha nada a ver comigo, então não fiz, porque ninguém merece passar 4 anos estudando algo que não goste, então decidi esperar e procurar outros cursos. Eu era de exatas antigamente, mas hoje em dia sou de humanas. Me dou melhor com o lado artístico do que o lógico. Decidi não estudar no começo do ano, e sim trabalhar para juntar um dinheiro e viajar. Foi aí que surgiu a ideia do mochilão e eu fui com tudo nessa, mesmo não passando de um grande sonho. Trabalhei até o meio do ano, e consegui juntar um bom dinheiro.

Fazer mochilão não é ficar em hotéis luxuosos, comer em restaurantes chiques, e gastar milhões em roupas, até porque o nome mochilão já fala por si só. É você viajar para países somente com uma mochila nas costas, e sim, as coisas que você precisa vão caber na mochila, e você não vai morrer em não poder levar aquela camisa que ama, aquele salto que não dispensa, ou então os livros que tanto ama ler. A mochila pesa, e você não vai querer ficar carregando peso à toa. Ser mochileiro é saber se dar bem consigo e não ter frescuras. É estar por conta própria numa viagem, e ter a liberdade de escolher os destinos que quer visitar, fazer roteiros e escolher quem estará com você. Você está ali para experienciar algo novo, libertador, e totalmente diferente de uma viagem normal. Você será um mochileiro e passará por diversos desafios, além de adquirir uma bagagem imensa em sua vida. Você pedirá carona, entrará em lugares pagos de graça, e automaticamente irá procurar a opção mais barata para se alimentar. Vale lembrar que ser mochileiro não é largar tudo e viver de nada.
DSC01602.jpgSendo pessoas normais no jardim do Palácio de Versalhes.

“Por onde começar?”
Eu vou fazer uma listinha com os passos que eu segui e deram super certo. A primeira coisa que você tem que fazer antes de planejar um mochilão é estabelecer um preço que possa gastar nessa viagem. E sim, você pode fazer um mochilão gastando pouco, isso só vai depender de você.

1. Defina o seu roteiro e onde quer visitar
Pesquise na internet, em livros, converse com amigos, e escolha os lugares onde deseja ir. Eu viajei com um roteiro porque não tínhamos tanto tempo, mas você pode fazer sem roteiro também, aí a escolha é sua. Com roteiro as coisas são mais organizadas (e eu amo organização), você economiza muito mais e consegue conhecer tudo, ou quase tudo que planejou. Por mim eu ficaria meses visitando os países da Europa, mas como eu disse, não tínhamos tantos dias. Fizemos um roteiro partindo da Alemanha para a Itália, e finalizamos na Noruega.
Esse foi o nosso roteiro:
Erfurt (Alemanha) – Veneza (Itália)
Veneza – Florença (Itália)
Florença – Roma (Itália)
Roma – Parma (Itália) Fomos visitar uma amiga italiana do intercâmbio.
Parma – Milão (Itália)
Milão – Torino (Itália) Fomos visitar um amigo italiano também do intercâmbio.
Torino – Barcelona (Espanha)
Barcelona – Paris (França)
Paris – Hamburgo (Alemanha)
Hamburgo – Oslo (Noruega)

2. Decida como irá se locomover pela Europa
Eu recomendo viajar de trem, pois de carro vai sair uma fortuna, e avião não é caro, existem promoções bem bacanas, mas aí você não têm tanta flexibilidade como tem com os trens e acaba não conseguindo visitar tantos países e cidades. Nós compramos o Eurail Global Pass de 22 dias, e para brasileiros custou 492 euros. Eu sei que o preço é bem salgado, mas pensa, a qualquer momento você pode pegar um trem de um país para outro, então se você quer ficar mais dias em algum cidade que gostar muito, você não têm esse problema de se preocupar como se locomover. Outra coisa muito legal é que a Eurail disponibiliza um aplicativo para celular onde você pode ver todos os horários dos trens e mostra quantas vezes você tem que mudar de trem, e essas coisas que nos ajudaram muito na nossa viagem, e dá para ver SEM INTERNET! O site é Eurail . Vale a pena procurar alguma alternativa porque eu achei bem caro e queria ter gasto menos. Aliás, em alguns trens de alta velocidade você tem que pagar uma taxa, mas não são caras. Esses trens são caríssimos sem o passe, e custa 200 euros cada trem, sendo quase o preço de um ticket Global Pass inteiro, mas ao invés de levar 10, 12 horas, você leva 4 horas. Ou seja, você tem mais tempo para aproveitar as cidades.

As viagens de trens eram longas, mas sempre arranjávamos alguma coisa para fazer. Desde assistir à um filme, ouvir música, escrever, e é claro, comer.

3.Planeje
Sem um planejamento você vai acabar gastando bem mais do que planejado. Calcule o quanto irá gastar nas cidades com as atrações, com a locomoção, a alimentação, entre outros. Isso vai te salvar um bom dinheiro e tempo, e você não ficará louco planejando as coisas quando já estiver lá. Você não precisa planejar os horários, é claro, até porque nunca se sabe o que pode acontecer durante o dia, mas sim, o que irá fazer em cada dia na cidade que está. Mesmo fazendo um planejamento e calculando os preços, sempre é bom levar um dinheiro extra, pois se acontecer algum imprevisto e não tiver dinheiro, vai complicar a viagem. Portanto tenha tudo certinho para nada dar errado.

img_3587Planejando e usando o wifi para saber qual vai ser a próxima parada turística. Nós não tínhamos internet, então tinha que achar tudo antes.

4. Nada de se hospedar em hotéis!
Em um mochilão você não quer gastar dinheiro, então se hospede em hostels, campings, casa de amigos, e até no Airbnb. Para quem não conhece, ele é um aplicativo de hospedagens pelo mundo inteiro, e é como se fosse o BedAndBreakfast, você terá um quarto sendo compartilhado ou não, e provavelmente será na casa de alguém. Às vezes dá até para alugar a casa inteira, mas aí já fica caro. Alguns tem café da manhã incluso, e ouros você pode até cozinhar, o que faz economizar e muuuito. Se não tiver, você pode perguntar se pode usar a cozinha, não custa tentar. A maioria das minhas hospedagens foram com o Airbnb. É mais em conta, fácil, e eles têm flexibilidade com cancelamentos. Às vezes você reserva um hotel e eles falam que se houver cancelamentos, você só será reembolsado em 50% do valor pago. Dependendo do proprietário do Airbnb você pode cancelar alguns dias antes, e as vezes até no dia, mas pagando uma parte da hospedagem, é claro. Nós usamos muito, e ficamos super satisfeitos, pois saiu mais em conta do que hostels. Optamos por nos hospedar em lugares perto dos pontos turísticos para não ter que ficar gastando com transporte, e economizar mais. Também acampamos em algumas cidades, como Paris, que foi bem mais barato, e é uma cidade onde a acomodação é bem cara. Nem o Airbnb estava com um bom preço.

mochilao6.jpgEm um dos Airbnb que ficamos, e em cada um fomos recepcionados de vários jeitos diferentes. Não tivemos nenhum problema e todos os anfitriões foram muito simpáticos e nos deram várias informações que salvaram nossas vidas.

5. Faça um seguro!
Tudo bem, até eu me perguntei se era realmente necessário, mas não dá para viajar sem. Tudo pode acontecer, você nunca sabe, então a melhor coisa a fazer é não correr o risco e viajar tranquilo sabendo que se algo acontecer, você não ficará na mão e não terá que gastar milhões. Eu fiz um seguro com a porto seguro e não lembro quanto paguei. Vou tentar achar para vocês terem uma ideia, mas tem muitos seguros baratinhos e ótimos, você só precisa procurar bastante. Eu não usei enquanto estava viajando, mas conheci pessoas que tiveram que acioná-lo. Dois sites que te dão uma melhor ideia de seguros: Fora da Zona de Conforto e 360 Meridianos.

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Nunca se sabe, vai que a corda arrebente…

6. Tenha SEMPRE cópias de seus documentos
Se você perder seus documentos e não tiver cópia deles, vai ser um problemão para resolver e vai te custar um bom tempo da viagem. Tenha seus documentos salvos no seu celular, no email, ou na internet, pois você irá conseguir acessá-los em qualquer lugar e não será tão ruim quanto se não tiver nada. É sempre bom ter cuidado, e ficar de olho nos seus pertences.

7. Compre uma mochila confortável e ideal para você 
Isso é essencial para a viagem não ficar cansativa. A sua mochila vai ser um investimento, mas você poderá usá-la em outras viagens e ela vai durar anos. Eu optei por comprar na Alemanha, já que lá eles tem mochilas muito boas e o preço é ótimo. A minha mochila é da Deuter e é de 35+10 litros. Ela é bem espaçosa, suuuper confortável, leve, coube tudo e mais um pouco, e foi uma ótima escolha. Antes de comprar experimente as mochilas, ande com elas, e tenha certeza que é a mochila ideal para você. A Decathlon têm umas mochilas muito boas também. O preço é alto, mas é um investimento para a vida. Vale a pena dar uma conferida e uma pesquisada antes. Os sites são esses Decathlon e Deuter .

Demonstrando amor por essas nossas mochilas que amamos tanto. 

8. Divirta-se e tire muitas fotos!
Depois de estar com tudo pronto, e tudo resolvido, é a hora de se divertir e aproveitar a viagem que vai mudar sua vida. Contemple a beleza e a imensa história que é a Europa. Experimente comidas típicas, vivencie como é a vida nas diferentes cidades. Conheça os lugares que sempre sonhou e seja grato por essa vida te proporcionar momentos como esses. Agradeça sempre.

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Gratidão por ter conhecido esses lugares. img_0417
Andando pelas ruas de Barcelona, e a cada passo ficava mais encantada com esse lugar.

img_0125Doidinha com a imensidão do Fórum Romano, em Roma.

DSC01031.JPGEm frente à casa Batló, que é a coisa mais linda desse mundo.

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Encontrei minha chará no metro de Paris. Só amores por esse lugar.

Como é namorar à distância?

Quando criei o blog meu foco maior era falar sobre viagens, mas muitas pessoas queriam saber sobre o meu relacionamento, que é à distância. Namoro o Tin, um alemão, há dois anos e meio, e namorar a distância não é fácil, mas quando você ama muito alguém e não desiste, ela é somente um obstáculo.
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Essa sou eu e o Tin, e sim , nós somos normais, mesmo não parecendo.

“Mas como vocês se conheceram?”
A gente se conheceu no intercâmbio que eu fiz para a Florida, onde fiquei 10 meses estudando em uma High School, que é o ensino médio daqui. Eu tinha 16 anos quando fui pra lá, e nunca tinha namorado ninguém. A primeira vez que a gente conversou foi no primeiro dia de aula, e ele só tinha uma classe comigo, que era esportes. Eu não conhecia ninguém ainda, e então ele veio conversar comigo (ps: eu não entendia nada em inglês), mas achei isso super legal. Ele se apresentou e depois perguntou meu nome e começamos a “conversar”. Eu não entendia nada e nem ele, então a gente ria, e morria de rir.Todo dia era a mesma coisa, a gente tentava conversar e se conhecer melhor. Eu sempre fui envergonhada com essas coisas, mas ele não ligava. E foi aí que tudo começou, e depois de um mês a gente começou a namorar. Sim, eu, Ariane, estava namorando com alguém. Então se você é daquelas pessoas que acham que nunca vão conhecer alguém, esquece, porque a hora certa vai chegar, e a pessoa também, você só precisa ter calma.
Namorar no intercâmbio me fez crescer e muito. Além de aprender mais rápido inglês, já que a gente se falava todo dia e quase toda hora, eu tinha uma pessoa do meu lado que me apoiava e ajudava nos momentos mais difíceis.

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Em Palm Bay, comemorando algum mês de namoro que não me lembro hahahaha

“Porque decidiram ficar juntos depois do Intercâmbio?”
Depois que o nosso intercâmbio acabou, a gente viajou juntos para Bahamas. Foi a primeira vez que passamos dias e noites juntos. Foi tudo lindo, e não tinha como ser melhor. Aproveitamos cada momento como se não houvesse o amanhã. A viagem acabou e na última noite estávamos na praia conversando sobre o que iria acontecer com o nosso relacionamento. No final de tudo não sabíamos o que fazer e não decidimos nada. Eu fiquei mais uns dois dias nos EUA, mas ele teve que voltar para a Alemanha. Foi péssimo a despedida, eu odeio essa parte mais que tudo nesse mundo. A gente se acabou de chorar, e abraçava e beijava, e chorava mais, e por aí vai. Um dos problemas é que não sabíamos qual seria a próxima vez que iríamos nos ver de novo. Até hoje me lembro como foi difícil vê-lo ir embora e não poder fazer nada.
Depois de alguns dias conversando, a gente decidiu ficar junto, porque não queríamos separar de jeito nenhum. Esperar meses para ver a pessoa que você ama é muito difícil, e dói muito, mas vale muito a pena.
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A gente tenta tirar foto bonita, mas não dá, o Tin sempre faz piada.
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O último “abraço” antes de ele voltar para a Alemanha. Ficamos 5 meses sem se ver.

“Como é namorar à distância?”
Namorar à distância é como um relacionamento normal, só que à distância. A gente conversa todos os dias pelo whatsapp, facetime, facebook, skype, e por aí vai. Uso e abuso da internet sim, e é o ó quando a internet está péssima, por isso, tenha uma boa internet em casa, porque o relacionamento não acontece sem ela. Tudo bem, você pode até mandar e conversar por cartas, mas não é a mesma coisa. Muitas pessoas acham isso perda de tempo, e acham que não vale a pena namorar alguém do outro lado do mundo. Eu acho totalmente o contrário, tudo bem que você não vê o seu namorado/a durante meses, mas quando você vê é a melhor sensação do mundo, você abraça e não quer mais largar, e sempre é diferente, e você se sente feliz, e em casa novamente. E depois você vê o porque vale a pena esperar todos esses meses. Você tem que ter paciência, e confiar muito na pessoa. Não adianta querer namorar alguém de outro país ou cidade e não confiar nela com todo o seu coração. Se você não confia, deixa quieto e parte para outra, porque você só vai se irritar e começar a pirar. Muitas vezes eu já pensei em desistir, mas ele sempre me coloca pra cima e me faz ver o porquê de insistir nesse relacionamento. Então tenho certeza de que é isso que você quer.


É muito difícil ir em festas, churrascos, ao cinema, em eventos, e não ter a pessoa que você ama do seu lado, por isso PLANEJE. Em algumas ocasiões especiais que dá para ir ver o seu namorado/a vá, como passar o natal juntos, ou o ano novo juntos, não deixe de ir. Tem que estar sempre planejando a próxima vez que irão se ver. Outro ponto importante é a família. Tenha uma família que entenda isso, que vocês tem muita saudades um do outro e que vocês estão nessa relação porque vocês querem e estão dispostos a sofrer e sentir muita saudades. Se sua família não entender, insista, até que eles aceitem.

“E o ciúmes? Como fica?”
 Namorar alguém que more longe vai fazer você se conhecer melhor. Se você não é ciumento, vai começar a ficar. Se é um pouco, vai piorar um pouco mais. E se você é muito, vai ter que se controlar, porque o ciúmes só tem tendência a aumentar e pode acabar com tudo. O que eu faço é não pensar muito sobre isso, e me distrair com outras coisas. Um ciúmes bobo às vezes não tem problema, mas para o namoro não virar um inferno, tente se controlar. E nunca faça ciúmes na outra pessoa de propósito, se não tem jeito, tenta ser natural, porque você só está piorando uma situação que já é complicada.
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Eu, por exemplo, escrevo, ou faço qualquer coisa pra não pensar muito.

“Insegurança”
Eu já tive muita insegurança no meu namoro. Isso é normal, todo mundo tem, e não tem como evitar. Você sempre vai achar que a pessoa pode conhecer alguém que esteja mais perto dela do que você, mas não pode ficar paranoico sobre esse assunto. É claro que isso pode acontecer, da mesma forma que isso poderia acontecer se vocês morassem um do lado do outro, por isso respira fundo e relaxa. Se você ama a pessoa, e quer ficar do lado dela, tenta mantê-la segura, o máximo possível e dê atenção. Se há algo de errado, vocês precisam conversar sobre isso, e não adianta ficar escondendo porque vai ser pior. Tente não pensar e criar coisas na sua cabeça. Isso só vai piorar. Seja maduro o suficiente para respeitar a pessoa,e  nunca faça algo que você não gostaria que fizessem com você. Se você quer trair a pessoa, TERMINE. Não adianta ficar enganando alguém que tem uma puta consideração por você e ta ali disposto pra ti. Você não gostaria que fosse com você. E sim, muitas pessoas vão ficar falando “Mas você acha que ele não te trai?!”, “Que idiotice” ,”Ta beijando várias”, “É só um beijo, ninguém vai saber”, e blá blá blá. Sabe o que você faz quando te falarem isso? Manda catar coquinho, ou então deixa quieto. Você conhece a pessoa com quem está, e sabe se confia nessa pessoa ou não. Não precisa que os outros dêem opiniões sobre o seu relacionamento.

“Planejar é necessário”
Para que o meu relacionamento dê certo, eu preciso planejar. Todos nós precisamos planejar, e é aí que as coisas ficam um pouco difíceis. Como a gente mora em países diferentes um do outro, o único jeito de ir se ver é de avião. Não tem outro jeito. É caro, mas como já estou nessa faz um tempo, aprendi a me virar e achar coisas para facilitar e economizar. Você começa a saber quais são os melhores dias da semana para viajar, a cotação de moedas estrangeiras, as promoções de passagens aéreas, começa a procurar trabalho, fazer bicos (já fiz vários), você começa a ficar mais independente, e começa ter uma noção de como é a vida, mesmo sendo nova.

No meio do ano de 2016 fizemos um mochilão pela Europa, e tivemos que planejar meses antes.

Conclusão
Para que um relacionamento a distância funcione, na minha opinião, você tem que amar muito e estar disposto a sofrer para depois ser recompensado da melhor maneira possível. Você tem que gostar da pessoa, insistir, ter paciência, ser firme, dar apoio total, e sempre lembrar a pessoa o porquê de estarem fazendo isso e o porquê de estarem juntos nessa. Você precisa amar como se não houvesse o amanhã, e precisa acreditar nessa relação. Se você começa a desistir, a outra pessoa começa a desistir também, então seja forte, e mostre que é isso que você quer e que vai lutar até o fim. Insista e persista, porque o que é seu, ninguém tira, e como muitas pessoas dizem, se for pra ser, será.

Vou fazer intercâmbio! E agora?

Calma, não se desespere! Eu sei que a ansiedade é enlouquecedora, mas respira fundo porque a sua vida vai mudar completamente. Primeira coisa que você tem que colocar na mente é que nem todo intercâmbio é igual. Eu sempre sonhei com aquela vida americana do filme “Garotas Malvadas” e “High School Musical”, mas a sua experiência vai ser diferente, porque os filmes exageram e muito. Claro que na sua escola irá ter grupinhos e panelinhas, como em toda escola tem, mas não crie muitas expectativas em relação à isso. Eu criei muita e quando cheguei me decepcionei um pouco. Sempre sonhei em encontrar uma “Regina George” causando no corredor, ou namorar um “Troy” da vida, mas isso só acontece em filmes. Mas a escola é bem parecida como nos filmes, tem futebol americano, tem cheerleaders, e claro, tem o ÔNIBUS AMARELO!
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No começo eu morria de vergonha de falar com as pessoas, e eu sempre tentava não falar para não passar vergonha, mas como todo mundo diz, NÃO TENHA VERGONHA! Respira fundo e se solta, porque você está ali para aprender e o quanto mais você tentar e errar, mas rápido você vai aprender e mais rápido fará amizades. No começo fiz amizades com intercambistas que também não entendiam nada, até porque você não é a única que está ali fazendo o intercâmbio. Claro, muitos conseguiam entender o básico, mas não se sinta frustada. Eu tenho quase certeza absoluta que onde você irá estudar terá brasileiros, pois nós estamos em todo lugar. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, porque você não sairá muito da sua zona de conforto, mas tente falar inglês ao máximo e se desligue do português.

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Esses eram a grande parte dos intercambistas que ficaram 12 meses estudando em Palm Bay comigo. Muitos já tinham ido embora (quase todos os brasileiros).

O meu caso foi assim. Eu fui parar em uma cidade pequena da Flórida perto da praia, não sei se pequena, mas comparando à São Paulo, aonde eu moro, ela era pequena. Tudo lá era longe e você sempre tinha que pedir uma carona para ir para qualquer lugar, então eu dependia muito dos outros. Para mim, foi uma grande mudança, porque em SP você está perto de tudo e todos, você tem essa liberdade de ir para os lugares por qualquer meio de transporte, elá eu não tinha. Isso foi ótimo para mim, pois fazia parte dessa grande experiência que eu estava tendo.
img_5749Essa era a entrada da praia na cidade de Melbourne, e Palm Bay era 15 minutos de lá. A praia era uma delícia, e na Flórida quase sempre estava bem quente, então deu para aproveitar bastante.

A escola não era nada difícil, você provavelmente vai ser aulas de história dos EUA, matemática (em muitos casos você já vai saber a matéria), esportes, inglês, e acho que o resto você escolhe. Eu tinha aula tipo CSI (aquela série de achar pistas e desvendar casos de morte), Global Issues (o que estava acontecendo pelo mundo afora), TV Production (para mim a mais legal, você criava programas, apresentava o jornal do dia, etc), uma dica: pergunte sobre cada uma, e escolha coisas legais, pois irá ter todo dia a mesma coisa. Outra coisa, lá quem muda de sala é você e não os professores. Então você vai pra uma sala e depois do sinal vai pra outra, e por aí vai.
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Essa era a minha High School nos EUA. Lá no fundo da pra ver os ônibus amarelo.

No começo você não vai entender nadinha de nada nas aulas, mas depois seu ouvido vai acostumando e de um dia para outro você vai conseguindo entender o que eles estão falando, e essa transição é muito engraçada, porque nem você acredita. Assim que você chegar na escola, já tenta falar com o diretor da escola, ou o responsável pelos intercambistas para você entrar para algum esporte, porque toda escola americana oferece, e adivinha: você não tem que pagar NADA. Só as vezes para o uniforme, e alguns jogos. Isso te ajudará a fazer novas amizades, melhorar o teu inglês e até perder os quilinhos que você irá adquirir lá! Sim, é inevitável não engordar, nem que seja um pouquinho, mas não se assuste porque não é nada absurdo. Lá tudo é barato, então como eu sou apaixonada por comida, eu ia no Walmart e gastava tudo em comida. Comprava só porcaria. Era Oreo, Doritos, Nutella, e tudo tinha que ser tamanho família, porque se é pra engordar, vamos engordar direito.
img_5738O time de Tênis que eu participava (a gente ta tão fofas na foto que nem parece a gente). Nunca ri tanto na minha vida quanto eu ri com esse time, até bate uma saudades enormes de todo mundo. Todo lugar que a gente ia, nós causávamos. Tadinha da coach Lemley, queria quase matar a gente (ela que treinava o nosso time).. Ela ria demais com as nossas gracinhas, uma pior que a outra.

Depois de um tempo tudo vai se ajeitando, e você vai se sentindo cada vez mais confiante e feliz de ter feito essa escolha, então não tenha medo! Se joga, porque vai ser a melhor experiência da sua vida.

O dia em que deixei tudo para trás

Gostaria de dedicar esse post para todos aqueles que criaram coragem, e foram. Meu nome é Ariane, mas pode me chamar de Ari. Tenho 19 anos, e sim, já estou ficando velha. Decidi criar esse blog e compartilhar com vocês decisões que tomei e mudaram a minha vida completamente.
Tudo começou em 2014 quando decidi fazer intercâmbio. Eu tinha 16 anos quando escolhi meu destino, a Austrália, mas meu pai preferiu que eu fosse para os Estados Unidos, e ele estava certo. Conheci meu namorado lá. Assina papel aqui, assina papel lá, e finalmente me vi arrumando as malas. A ansiedade já era tanta, que eu nem pensava mais. Dias antes ficava no banho planejando conversas, e o que eu iria falar para a minha família americana, e como me enturmaria com as pessoas, já que eu não sabia falar NADA. Mudar assim, do nada, de um país para outro, não é fácil, principalmente quando você está sozinha, e sua família e seus amigos não estão por perto. Você sai da sua zona de conforto. Mas eu queria. Queria essa sensação de frio na barriga, de medo, e de ansiedade. Queria mudar, queria crescer, e foi aí que fui parar em Palm Bay, na Florida.

Cheguei, e o medo me acompanhava a cada passo que dava. Primeira coisa que fiz foi ligar para o meu pai, e foi aí que minha ficha caiu. Já não estava mais no Brasil, estava no aeroporto de Orlando, procurando pela minha host family, a família que iria cuidar de mim os 10 meses que ficaria estudando nos EUA. Desabei, chorei e tremia de medo. É normal se sentir nervosa e com medo, você vai conhecer estranhos que se tornaram sua segunda família, e não vai conseguir se comunicar nos primeiros meses. Acontece com a maioria, você não será o único. Foi aí que avistei uma mulher de branco, com estatura baixa, e que procurava por alguém, e parecia não saber como essa pessoa seria. Percebi na hora que aquela mulher era a minha nova host mom (nome que se dá à mãe americana). Corri pra abraça-la, mas com receio pois não sabia como era para reagir. Senti uma das sensações mais estranhas de toda minha vida, não sabia o que fazer, se corria ou se me escondia. Mas ela parecia ser uma pessoa bem legal.
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Essa era minha host sister Diedre e minha host mom Carol lá no fundo.

Foi aí que tudo começou. Uma nova faze da minha vida se iniciou nesse momento. Eu já me sentia melhor, não diria em casa, e muito menos confortável, mas estava em boas mãos. Estava com pessoas que mudariam a minha vida para sempre.
Essa é minha host Family: Carol, Wayne, Diedre e eu.
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